Carlos Cabral – Um dos Maiores Nomes da Cultura do Vinho no Brasil

🍷 A primeira taça: o vinho do Porto que mudou tudo

Carlos Cabral relembra o momento transformador em que, ainda muito jovem, ganhou sua primeira garrafa de vinho do Porto, em 1969.
📮 A partir dali, iniciou uma jornada autodidata — escrevendo cartas para produtores em Portugal, estudando por conta própria e desenvolvendo um amor que se tornaria missão.
🎯 O vinho deixou de ser apenas bebida e passou a ser objeto de estudo, ferramenta de educação e ponto de conexão humana.

🛠️ A fundação da SBAV e o nascimento de uma cultura

Em 1980, Cabral fundou a SBAV (Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho).
🍷 O que começou com encontros improvisados, taças emprestadas e cadeiras de caixas, se transformou em uma rede de confrarias e base sólida para a formação do paladar brasileiro.
📚 Foi o início da cultura enófila como a conhecemos no país.

🛒 Profissão: atendente de vinhos

Durante 25 anos como consultor no Grupo Pão de Açúcar, Carlos Cabral criou e treinou mais de 500 atendentes de vinho.
👨‍🏫 Uma verdadeira revolução no atendimento: humanizado, técnico e acessível.
Ele ajudou a profissionalizar o varejo de vinhos e criou uma nova categoria de atuação para apaixonados pelo tema.

🎓 Educação, transformação e inclusão

Mais do que ensinar sobre vinho, Cabral formou cidadãos e profissionais com autoestima e propósito.
💬 O episódio está repleto de histórias de superação, reconhecimento e como o vinho mudou vidas — de jovens em situação de vulnerabilidade a profissionais respeitados no mercado.

🇵🇹 Um embaixador do vinho do Porto

Carlos Cabral viajou 66 vezes para o Douro, criou laços profundos com os produtores portugueses e foi condecorado pelo governo de Portugal por sua contribuição cultural.
🍇 É, hoje, reconhecido como o maior divulgador do vinho do Porto no Brasil, com um acervo histórico inestimável e uma atuação que uniu dois países em torno de uma paixão comum.

📝 O vinho como símbolo de memória e afeto

O vinho também é emoção, segundo Cabral.
📜 Ele conta sobre a tradição de escrever cartas para crianças que só abrirão suas garrafas aos 21 anos, sobre a ideia de “vinho de casamento”, e sobre o valor simbólico e afetivo que uma garrafa pode carregar.
🌿 Um resgate do tempo, da partilha e do que realmente importa.

⚖️ Reflexões sobre o mercado e o papel do Estado

Carlos também oferece uma visão crítica sobre o cenário atual:
• A ausência de políticas públicas que reconheçam o vinho como alimento
• A burocracia que dificulta o acesso ao vinho de qualidade
• E a necessidade de uma comunicação mais simples e inclusiva
🎙️ Para ele, “democratizar o vinho” não é torná-lo vulgar — é torná-lo possível.