Hoje o papo é com Marcelo Copello — uma das vozes mais influentes e respeitadas quando o assunto é crítica e jornalismo de vinhos no Brasil. Da Gazeta Mercantil às colunas atuais, do palco musical às taças, Copello cruza cultura, mercado e serviço com a naturalidade de quem vive a cena há décadas.
Na conversa, ele abre o jogo sobre uma trajetória curiosa: da informática (IBM, Telemar, Vivo, TIM) ao vinho, passando por livros, TV, eventos e a fundação de revistas especializadas. Entre bastidores e reflexões, fala sobre ABS x WSET, sobre como ajudou a popularizar o conceito de “vinho + música/cinema”, e sobre a virada de discurso que transformou o mercado — menos fetiche técnico, mais experiência e cultura.
O episódio também mergulha nas tendências de consumo e comunicação: o crescimento dos vinhos em lata, a onda dos desalcoolizados, e — no Brasil — o impacto da dupla poda abrindo novas rotas de enoturismo. Um Copello direto e lúcido: há espaço para tudo, mas nem tudo entrega complexidade; e, ao mesmo tempo, o vinho nacional prova que conhecimento e criatividade andam de mãos dadas.








🎼 Vinho encontra música e cinema
As analogias entre vinho e arte ajudam a criar conexões afetivas — uma forma inteligente e divertida de tornar o conteúdo memorável.
📰 Do teclado ao decanter
Da carreira em tecnologia à coluna na Gazeta Mercantil, passando pela criação de revistas especializadas que ajudaram a formar o público brasileiro de vinho.
🏫 ABS x WSET
Copello compara metodologias, raízes e filosofias — da tradição italiana à estrutura inglesa — e como cada uma molda o olhar (e o paladar) de quem estuda vinho.
🎤 Palco, rádio e improviso
Comunicar vinho é como se apresentar ao vivo: ritmo, escuta e empatia valem mais do que tecnicismo.
🪐 Vinho e astrologia (e outras artes)
Provocação como ferramenta didática — quando temas inusitados viram pontes para ensinar e inspirar.
🥫 Lata na pandemia
Com a falta global de vidro, os vinhos em lata cresceram. Copello analisa como essa mudança redefiniu ocasiões e públicos de consumo.
🥂 Desalcoolizados em alta
Tendência mundial, mas ainda com desafios sensoriais. Ele explica por que a textura e a profundidade são os maiores obstáculos sem o álcool.
🌱 Dupla poda como avenida
A técnica abre novas fronteiras vitícolas e fortalece o enoturismo. Um exemplo de como o Brasil transforma limitação em oportunidade.
🧭 Educação sem pedantismo
Copello defende que ensinar vinho é simplificar sem banalizar — e que cultura e arte são pontes mais eficazes do que o jargão técnico.
🧪 Serviço que conta história
Do tipo de taça ao tom de voz: tudo comunica. O vinho é uma experiência que começa antes do primeiro gole.
Marcelo Copello é um dos mais respeitados jornalistas e críticos de vinho do Brasil. Escritor, palestrante e apresentador, ele é conhecido por unir cultura, mercado e comunicação em torno da taça.
Sua carreira começou na área de informática — com passagens por IBM, Telemar, Vivo e TIM — até que a paixão pelo vinho o levou ao jornalismo especializado e à crítica enogastronômica.
A coluna na Gazeta Mercantil, onde começou a traduzir o mundo do vinho para o público leigo com linguagem acessível e foco em experiência, não apenas técnica.
Copello fundou revistas especializadas, escreveu livros, apresentou programas de TV e foi pioneiro em trazer o vinho para o campo da cultura, aproximando-o de música, cinema e literatura.
A mistura de educação e entretenimento. Ele transforma temas técnicos em narrativas envolventes e acessíveis, sempre com analogias criativas e repertório cultural amplo.
Para Copello, o vinho e a música compartilham ritmo, harmonia e emoção — uma forma leve e poética de ensinar o público a sentir o vinho, não apenas avaliá-lo.
Ele defende que comunicar vinho é mais sobre ritmo e empatia do que sobre jargões. O segredo está em simplificar sem banalizar, valorizando a experiência sensorial e emocional.
Copello compara as metodologias: a ABS tem raízes latinas e foco cultural, enquanto o WSET é mais técnico e estruturado — ambos importantes para formar paladar e linguagem profissional.
A pandemia impulsionou formatos alternativos, como vinhos em lata, motivados pela falta de vidro, e expandiu o consumo casual e doméstico — mas também trouxe novos desafios de qualidade.
Ele reconhece o valor do movimento, mas critica a falta de equilíbrio e profundidade sensorial. Para ele, ainda há um longo caminho até alcançarem a complexidade dos vinhos tradicionais.
Copello destaca a dupla poda como uma revolução agrícola e cultural: uma técnica que abriu novas regiões produtoras, fortaleceu o enoturismo e aproximou o público das vinícolas.
Mais curioso e conectado, esse público busca histórias, autenticidade e prazer, não apenas rótulos ou pontuações. O conteúdo deve acompanhar essa mudança de mentalidade.
O serviço é parte da narrativa: da escolha da taça ao tom de voz do sommelier, tudo comunica cultura, hospitalidade e emoção.
É ensinar com leveza — trocar o tecnicismo por referências culturais que tornam o vinho mais acessível, divertido e significativo.
Como ferramenta didática e provocativa. Copello usa analogias criativas para engajar o público e mostrar que o vinho dialoga com múltiplas linguagens e sensibilidades.
A diversificação de formatos (como lata), a ascensão dos vinhos sem álcool e o crescimento dos vinhos de inverno — fenômenos que mostram o dinamismo e a maturidade do setor.
Que o vinho é cultura viva — uma forma de expressão que deve ser comunicada com prazer, clareza e humanidade.
Porque é uma aula de comunicação, história e futuro do vinho brasileiro, conduzida por quem ajudou a formar gerações de consumidores e profissionais no país.
O episódio completo com Marcelo Copello está disponível em vídeo no YouTube e em áudio no Spotify, Apple Podcasts e todas as plataformas de streaming do SommCast.




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